Um sonho de porto maravilha, uma região se modernizando
Revitalização do Porto Maravilha: transformando o coração do Rio de Janeiro
Após anos abandonado, as obras de revitalização da região avançam, aumentando as chances de reintegração dessa área ao comércio e habitação.
Por Bernardo Cotta
Nos últimos dias, Eduardo Paes foi à público e falou sobre as novidades no Porto Maravilha. Segundo o prefeito, tem um novo projeto de criação que está sendo produzido e as obras serão divididas em duas etapas, sendo que a primeira deve se encerrar no final do ano, trata-se da criação do Parque Porto Maravilha, na orla da região. A primeira delas vai do Píer Mauá até o AquaRio, terá cinco praças flutuantes, com áreas de piquenique, quadras esportivas e um píer na Marina pública. Já o segunda irá até o armazém 18, com mais seis praças e uso das Ilhas Pombeba e Santa Bárbara como restaurantes e museu ao ar livre. Ações como essa vêm modernizando e revitalizando a região ao longo dos anos.
Durante o século XX, o Porto Maravilha testemunhou um declínio gradual. Antes, um centro movimentado de atividade comercial e industrial, o local foi aos poucos perdendo sua relevância econômica à medida que as mudanças no setor portuário e a expansão da cidade o deixaram à margem do desenvolvimento. Além disso, questões como poluição das águas da Baía de Guanabara, desorganização urbana e falta de infraestrutura contribuíram para a degradação do espaço.
Durante esse período, o bairro passou por transformações significativas. No final do século XX e início do século XXI, a região sofreu com problemas sociais, degradação urbana e abandono de infraestrutura, especialmente após o fechamento de algumas indústrias. No entanto, com o projeto de revitalização da zona portuária, que incluiu a criação do Porto Maravilha, Santo Cristo tem passado por um processo de requalificação urbana.
Para o vereador Rafael Freitas, a revitalização no Porto Maravilha irá trazer vários benefícios e impactos econômicos e sociais para essa região: “A revitalização da zona portuária do Rio vai trazer vida a uma região há muitos anos abandonada. Tudo começou com a remodelação da Praça Mauá e as inaugurações dos museus de Arte do Rio e do Amanhã. Agora, o processo avança com a chegada do IMPA Tech (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), um centro de pesquisas relacionadas à área das ciências matemáticas e afins, e de empreendimentos residenciais. Pessoas morando e estudando na zona portuária acabam atraindo comércio e serviços para a região e, consequentemente, aumentando a segurança em todo o entorno.” Já em relação aos impactos econômicos e sociais, o vereador ainda completa que a partir do momento em que tem pessoas morando e estudando na região, outros comércios vão se estabelecer para gerar novos empregos para a população.
Para Daniel Alves, gestor comercial da APSA (Empresa de gestão condominial e empresarial de negócios), a revitalização traz diversos impactos econômicos e sociais para as administradoras imobiliárias: “A principal delas está na valorização da área central do Rio de Janeiro, não somente pelo investimento de novos empreendimentos, mas também com relação a mobilidade urbana e da criação de um novo comércio. Essa região é vista também como uma ótima opção de investimento, pois tem projeção otimista de valorização patrimonial. Para as administradoras/imobiliárias, é uma ótima oportunidade para novos negócios, seja através da comercialização das unidades autônomas para venda e/ou locação, mas também para a administração do condomínio, além de todos os demais serviços abarcados dentro desse ecossistema que é a administração de condomínios e edifícios.”
Esse projeto de revitalização incluiu a reurbanização da área, a criação de espaços públicos, a restauração de edifícios históricos e a implementação de novos empreendimentos comerciais e residenciais. O objetivo é transformar a região em um polo cultural, turístico e econômico, atraindo investimentos e promovendo o desenvolvimento sustentável. De acordo com Rafael Freitas, ainda há incentivos para a construção civil e para indústrias de pequeno porte ocuparem algumas partes dessa região.
No entanto, nas últimas décadas, o Porto Maravilha experimentou uma revitalização impressionante, transformando-se em um símbolo de renovação urbana e desenvolvimento sustentável. Esta transformação foi resultado de um esforço conjunto entre o setor público e privado, bem como o engajamento da comunidade local. Muitas empresas construtoras tiveram incentivo para construírem prédios nesse lugar. Além disso, terão comércios para a movimentação e o incentivo de migração do povo, parque para o lazer e um terminal onde terá ônibus, VLT e o metrô perto. Outro fator importante é a área cultural que tem próximo, o Museu do Amanhã, CCBB, Aquario e a roda gigante. Além disso, Daniel Freitas destacou que teremos, por exemplo, a revitalização da Estação Leopoldina com ganhos culturais e pro setor de eventos, já que estão previstas a construção de um centro de convenções de médio porte e também da Cidade do Samba 2 (que vai abranger os barracões das escolas de samba do grupo de acesso).
Um dos pilares dessa revitalização foi o investimento em infraestrutura e sustentabilidade. Projetos como a implantação de um sistema de drenagem eficiente para combater inundações, a recuperação de áreas degradadas e a criação de espaços verdes foram fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos moradores e visitantes. Além disso, a revitalização buscou preservar e destacar o patrimônio histórico e cultural da região, garantindo que a modernização não apagasse a memória do local.
Com a revitalização, o Porto Maravilha se tornou um polo de crescimento econômico e cultural. Novos empreendimentos comerciais, espaços de lazer, restaurantes e galerias de arte floresceram na área, atraindo investidores, turistas e moradores. Além disso, a reativação de espaços culturais e a promoção de eventos locais ajudaram a revitalizar o cenário artístico e cultural da região, trazendo vida às ruas antes esquecidas.
Apesar dos avanços, a revitalização do Porto Maravilha ainda enfrenta desafios. Questões como desigualdade social, segurança pública e preservação ambiental continuam a demandar atenção e esforços contínuos.
Segundo Daniel Alves, a princípio não tem distinção em relação ao público alvo. Contudo, o público majoritário é formado por pessoas de 33 a 45 anos, tendo por vezes sua primeira moradia própria e a primeira experiência em condomínios. Já para Daniel Freitas, a zona portuária, assim como o Centro da cidade de modo geral, tem potencial para atrair tanto estudantes e jovens que estão comprando o primeiro imóvel quanto famílias que moram em bairros mais distantes e querem se aproximar do trabalho.
Além disso, Daniel Alves falou sobre as vantagens de ocupar essa área, o valor do m2 referente a aquisição na planta é inferior ao praticado no mercado, em condomínios iguais/similares. A oportunidade do investimento ser reforçado com subsídio e financiamento facilitado, em função do programa MCM (Verde Amarelo). Os empreendimentos também contam com infraestrutura de lazer completa, para que as pessoas possam viver bem.